Orientação de pais
A biografia de uma pessoa é a história de suas relações com outras pessoas.
Ao longo da nossa vida, por meio das nossas relações cotidianas, vamos nos desenvolvendo social e emocionalmente. Este desenvolvimento acontece por meio de modelos, aprendizagens e aquisição de habilidades. Vamos experimentando papéis e comportamentos.
Dessa forma, a interação, o afeto, o cuidado e o amor dos pais são elementos fundamentais para o nosso desenvolvimento desde o nascimento. Os elementos são transmitidos por meio da conexão e são capazes de dar o suporte necessário para a criança criar autonomia e estabelecer vínculos de confiança.
O ambiente familiar é um grande responsável pelo nosso processo de desenvolvimento. É por meio das relações sociais com as pessoas próximas que vamos aprendendo valores, atitudes, desenvolvemos a socialização e vamos construindo nosso jeito de ser e agir no mundo.
O processo de socialização e desenvolvimento é contínuo ao longo do nosso ciclo de vida e os pais, como os principais responsáveis por assegurar esse desenvolvimento saudável, por vezes, sentem-se confusos, perdidos ou têm dificuldades em fazer uma boa condução dos passos por esse caminho. Isso é compreensível já que a questão da parentalidade é tida como algo “natural”, “simples”, “sem mistérios” e o filho não vem com “manual de instrução”.
Por levar, ao longo da minha jornada, a educação e o cuidado como dois dos meus valores, acredito na potência da orientação de pais como um importante pilar no apoio ao desenvolvimento infanto-juvenil.
Vejo a relação de conexão e cuidado estabelecida entre pais e filhos, desde os primeiros momentos da vida, como fundamental para um desenvolvimento humano pleno e saudável.
Neste sentido, a orientação de pais tem por objetivo dar suporte aos pais na realização e condução da educação e cuidado para um desenvolvimento saudável, tanto dos filhos como de toda a família.
Meu olhar, meus ouvidos e minha fala, nas orientações de pais, vão ao encontro da promoção de saúde mental, da autonomia, da harmonia e da evolução enquanto seres humanos e indivíduos conscientes, além da prevenção de problemas emocionais e comportamentais da criança/adolescente.
- Se você busca uma parentalidade mais conectada e afetiva com seus filhos;
- Se tem dúvidas quanto ao processo de desenvolvimento do filho;
- Se seu filho está passando por situações que possam estar comprometendo seu desenvolvimento emocional, social ou cognitivo (tais como medos excessivos, manias, birras ou outras dificuldades);
- Se você deseja buscar um alinhamento entre o que você deseja ser como pai/mãe e a forma como você coloca em prática;
- Se seu filho está passando por momentos de adaptação às novas mudanças da família, seja rotina ou em situações pontuais como a chegada de um irmão, mudança de escola, entre outras.
Perguntas e respostas
O sentir que fala, que diz que é preciso buscar ajuda. Um filho nasce e os pais se encontram diante de uma questão desconhecida, se veem diante de outro ser que eles ainda não conhecem. E tudo bem não saber o que fazer ou como lidar.
A questão da parentalidade – o conjunto de valores e tarefas envolvidos na criação de uma criança – ser socialmente considerada como algo “natural”, “simples”, “sem mistérios” leva, por vezes, os pais a sentirem-se culpados por se depararem com dificuldades nesse caminho de cuidar, educar e ser responsável pelo desenvolvimento dos filhos.
Assim, entendo que a orientação de pais deve chegar como uma nova porta que se abre, como uma janela que mostra uma nova vista, que expande o olhar, os horizontes e clareia.
Trata-se, então, de um suporte aos pais/família no desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes em diversas situações da vida: compreensão de sentimentos e comportamentos, manejo de situações como medo e fobia, desenvolvimento de rotina e hábitos, desenvolvimento escolar e social, entre outros.